O tempo é relativo, é algo que foge do padrão, uma linha reta, mas quase se torna curvilínea dependendo do ponto que é observada.
É muito mais que estranho........
Espero....
O trem ainda não veio, sento no banco da estação, olho para o lado. São poucas as pessoas que vão embarcar.
Do outro lado da estação um trem parte. É difícil saber o que as pessoas vinheram buscar de onde estou partindo?
E o que eu quero de onde eles estão vindo.
O relógio na pilastra é grande o ponteiro do segundo demora quase um minuto do meu relógio para avançar um segundo.
Fico olhando para linha do trem, parece vir do nada. Dou um giro e olho para outra ponta, ela vai pro nada também.
Aí me pergunto onde estou? No meio do nada. Talvez!
Parece que todo esse tempo aqui não está me fazendo bem, vejo as pedras da ferrovia se agitarem, elas tremem e fazem um barulho engraçado, o cara do meu lado parece não se importar, ou talvez ele não esteja vendo!
Mas, logo percebo que não é nenhum fenômeno, ao longe uma fumaça nebulosa cresce, o barulho das pedras aumentam e somem com a mistura do do som do trem queimando os trilhos.
O trem parado ali, sou o último a entrar, até parece irônico, esperei por tanto tempo e só agora surgiu a dúvida se realmente devo ir?
As portas se fecham atrás de mim e uma cadeira me convida para sentar, do nada vim e pro nada irei, em busca de achar no meio do nada, uma única razão para viver.
Minhas mãos estão suando, meu corpo parece que grudou na cadeira.
Olho para o lado lentamente, vejo um garoto lendo um livro, o título diz: " A vida é feita de Escolhas", me pergunto de que escolhas o livro trata, tento criar coragem para esticar-me um pouquinho, ver se consigo ler só uma frase do livro misterioso.
Grande é o espanto quando vejo que o livro está em branco.
Observo o garoto, ele realmente parece estar lendo a melhor história do mundo.
Quase coloco minhas pupilas para fora, talvez as letras sejam minúsculas.
O garoto se move incomodado, fecha o livro.
Me olha como se eu estivesse nu. Observa cada canto do meu ser, neste momento sei o que ele sentiu enquanto eu o observava, me envergonho.
Olho para o outro lado da janela, meu corpo automaticamente cola no banco. O trem faz uma curva grande e lá em baixo o rio corre, como a linha no carretel da pipa.
Meu estômago da voltas, penso que vou vomitar.
Num rápido segundo me viro em direção ao menino, vejo algo que ainda não tinha visto, o menino trás na mão direita uma cicatriz.
Fixei os olhos na mão dele, talvez o livro encobriu a cicatriz ou quem sabe a curiosidade me cegou.
Mas, agora nem sei se tenho coragem para olhar minha própria mão.
Que possui uma cicatriz milimetricamente igual a do menino.
A minha grande questão é:
"Quantas vezes será preciso que eu pegue este trem"?
O importante não é quantas vezes, pois quantidade é somente numeros, tem que evr se valerás a pena!
ResponderExcluirAhauhauahauahaaaa...
Será que esotu certo?
Lindoo Pii, adoreiii...AMO VC!
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