quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Oi menina!


Foi bem cedo que despertei, abri os olhos, era tudo diferente...
Os móveis eram os mesmos mas, nada estava no lugar.
As paredes que antes aprisionavam agora convidavam com lindas pinturas para observar.
Os enfeites trazem lembranças de dias felizes, momentos agradáveis, são detalhes de uma fração de segundos.
Há um pulsar diferente em tudo que toco, em tudo que desejo...
Muitas pessoas passam por aqui, elas falam alto, elas sorriem, elas dançam, elas vibram, elas me envolvem.
Passei em frente a um espelho e percebi que não eram só os móveis que haviam mudado de lugar... Quem é você menina? 
Quem é você menina que sorri pra mim, que tem olhos iluminados, que tem cheiro de flor de laranjeira? 
Ah, menina... Tudo mudou e foi para melhor! 


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Chove


Escuto a chuva cair na janela do meu quarto e me pergunto se há mais lágrimas lá fora ou aqui dentro?
Por que choras céu?
Lágrima que rola sem avisar, que transborda o véu de luz, queima aquele que um dia se agitou ao te ver!
Sensata como a garoa que molha sem perceber.
Apodrece quem em abundância têm, porém transforma aquilo que já era fadado.
És a virtude dos que são corhajosos e a lástima dos que querem enganar.
Me afogou em salinas sem ao menos se preocupar onde tudo isso ia acabar..
Depois da chuva vem o silêncio que é para você escutar a culpa por ter feito o céu chorar!

sábado, 4 de abril de 2015

Um coração que tinha tanto amor...Não merecia tamanha dor.




Hoje parei para pensar na magoa que aflige meu coração.
Parei para pensar de onde ela surgiu, como ela nasceu e porque cresceu tanto.
Quem a  alimenta? 
Quem a cultiva? 
Pra todas as minhas indagações e interrogações, cheguei na mesma resposta: VOCÊ! 
A sensação da verdade escancarada me doeu mais um pouco  e eu senti as lágrimas rolarem, mas elas não rolaram. 
Na verdade, meus olhos de tanto chorarem, hoje já não choram mais. É uma dor seca, dura, como a terra que a muito não sente a chuva. 
Vaguei por muitos pensamentos, me perdi em lembranças vazias, lembranças sozinhas, que só pertencem a mim e a mais ninguém.
Me pergunto quando foi que eu me tornei isso?! Esse ser falho, medroso, inseguro?
O que você fez comigo? 
O que EU fiz comigo?
Em algum momento dessa história eu me perdi, eu me desconectei, eu deixei de ser Eu para ser alguém que eu nem sei quem é! 

Um coração que tinha tanto amor...Não merecia tamanha dor.